RELATÓRIO GERAL DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS

sábado, 28 de novembro de 2009



Relatório dos estágios supervisionados
Em agosto de 2009, os acadêmicos do 4º período do curso de Letras/Espanhol do Instituto de Ensino Superior do Amapá – IESAP iniciaram a disciplina de Estágio Supervisionado, ministrada pelo professor Sílvio Gomes, sob as orientações da coordenadora do curso, Solange Santiago. O intuito desta disciplina é pôr os estudantes de Letras, futuros professores, em contato imediato com a profissão através da observação em campo, seguida da produção de relatórios que, no final dos estágios, serviram para compor este blog.
Os aspectos mais significativos observados nos estágios supervisionados pelo professor Sílvio Gomes foram os que retratam o desempenho dos professores de língua portuguesa e língua estrangeira nas escolas públicas (níveis fundamental e médio) e nos cursos livres de línguas. É importante frisar que o objetivo maior do estágio supervisionado não é julgar o trabalho dos educadores, e sim, analisar o seu desempenho em classe, a fim de aprender não só com suas falhas (o professor também é humano), mas, acima de tudo, com seus acertos.
Nas visitas às escolas, houve grande aceitabilidade da parte dos gestores, do corpo técnico-pedagógico e, principalmente, dos professores, nossos futuros colegas. E toda essa hospitalidade deve-se não só à credibilidade que o IESAP conquistou ao longo dos anos em que vêm se empenhando na formação de educadores competentes, mas também à consciência dos atuais professores, os quais sabem muito bem da importância de se formar profissionais preparados para esta tarefa tão séria que é “educar”, “construir conhecimento”, “mediar”, “instigar”.   
No que diz respeito aos cursos livres de línguas, pôde-se verificar que a metodologia utilizada é bastante semelhante entre eles. Cada um possui seu próprio material didático, e é nele que os professores apóiam suas aulas. Muitos destes professores são estrangeiros; outros são brasileiros que se formaram em cursos livres de idiomas. Todos são muito bem capacitados, afinal, há uma visível concorrência entre as escolas de língua estrangeira do estado. Por se tratarem de cursos pagos, o empenho dos alunos é intenso e a maioria termina o curso com resultados satisfatórios.
Ao se fazer um balanço do que foi observado durante os estágios nas escolas públicas, constatou-se que os problemas que persistem são: desinteresse da maioria dos alunos, principalmente nas aulas de Gramática; desinteresse por parte de muitos professores; falta de planejamento constante; falta de recursos e estruturas adequados para que se deem aulas decentes. Por outro lado, tivemos o privilégio de vislumbrar o trabalho de escolas e profissionais realmente preocupados com o crescimento dos alunos. Mesmo com os inúmeros obstáculos que a profissão impõe, há aqueles que lutam, que se superam, que não se entregam ao choro fatalista dos que não acreditam no progresso da educação brasileira.
Por conseguinte, tudo o que foi observado serviu para que tivéssemos uma ideia, mínima, porém importantíssima, do papel do professor na sociedade. Não cabe aqui, neste momento, discutir o papel do governo, do MEC ou da comunidade. Centremos nossas reflexões na função do educador em si, na sua grande utilidade social, no tamanho da responsabilidade de se assumir um posto que pode exercer influência direta no futuro de alguém. O professor tem a obrigação de tentar, sob todos os meios possíveis, acender o interesse nos alunos, e não o contrário – como fazem alguns incompetentes. O verdadeiro professor sabe a importância dos estudos na vida de seus alunos e procura mostrar isso das formas mais inusitadas. Sabe que é tarefa dele, e de mais ninguém, planejar aulas com toda a boa vontade, buscando uma metodologia que envolva seus alunos e que, assim, colha resultados favoráveis a eles e a si próprio, porque esse é o seu trabalho.