EQUIPE PROF. TATIANA - COMENTÁRIO DOS ESTAGIÁRIOS SOBRE O ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA EM SALA DE AULA

quinta-feira, 24 de junho de 2010

COMENTÁRIO DO ACADÊMICO MARCIANO











Durante os trabalhos realizados em sala de aula, foi possível verificar de perto, as técnicas de ensino de Língua Portuguesa e aprendizagem dos alunos. Nesse aspecto, com o ensino que os profissionais da educação utilizavam, fica evidente, que os métodos de tempos atrás, não conseguiam atingir os objetivos de uma boa aprendizagem. Pois, os professores se preocupavam muito com a gramática e esqueciam de trabalhar o texto em si, e atualmente a preocupação que se tem é dar ênfase aos textos que abordam a realidade, é claro, sem deixar de lado a gramática, mas isso deve ser trabalhado de uma forma flexível e simples, sem que os alunos sejam obrigados a decorar regras gramaticais que até lhes causavam medo de estudar. Porém, os métodos que os professores utilizam hoje, é bem diferente, com técnicas modernas e prazerosas, podendo o educando absorver o aprendizado de uma maneira mais agradável. Isso se dá devido as grandes mudanças ocorridas nas formas metodológicas dos profissionais, que juntos são responsáveis e estão imbuídos nessa prática educativa, fazendo com que essa  aprendizagem aconteça e fique estabelecida e solidificada. Nesse aspecto, esse tipo de metodologia vem contribuir de forma decisiva na aprendizagem da classe estudantil que tem muito a galgar para que o ensino de língua portuguesa seja realmente um elo para outras disciplinas e para o seu futuro promissor. 


COMENTÁRIO DA ACADÊMICA POLLYANA













Antes de falar sobre os meios que a língua esta sendo ensinada, é preciso brevemente afirmar o quão é magnífico e desejável o aprendizado desta, pois é por meio da língua que nos comunicamos, nos entendemos e podemos criar discursos com o poder de unir nações através da comunicação.
Discuti-se então, as regras, as normas e os métodos que são utilizados para o ensino do idioma. Diante disso o professor não pode simplesmente fazer da gramática uma receita pronta e acabada, contudo pode com muita autonomia ir alem disso, isto é, trabalhar a interpretação e entendimento de um texto, fazendo a utilização de normas e regras que compõem um discurso, para desta forma o fazer coerente e coesivo.
Conclui-se que, o educador não pode desprezar a riqueza que há no conhecimento empírico de cada educando, nem tão pouco desfazer-se das regras que existem na língua. Desta forma este educador pode munir-se de ambos conhecimentos e transmitir o aprendizado da maneira mais rica possível.


COMENTÁRIO DO ACADÊMICO MARCEL ANDRADE




O ensino da língua portuguesa








por: Marcel Andrade
Muito se tem discutido sobre os problemas das aulas de língua portuguesa, em específico sobre o porquê dos programas de ensino não funcionarem. Isto talvez ocorra porque apesar de existirem teses renovadoras a prática ainda seja antiga, ou seja, as mesmas aulas conservadoras com atividades de gramática normativa.
Na alfabetização o professor trata de conteúdos incoerentes com a realidade da criança dificultando o aprendizado.  Iniciando com regras gramaticais, depois a aprendizagem mecânica da escrita e por fim a leitura automática de decodificação. Faz-se isso tudo, mesmo sabendo que o aluno já fala muito bem a língua e só vai à escola para aprofundar seus estudos. Diante dessa evidência, não há como negar que o ensino prioriza a gramática normativa por todo o ensino regular e superior, gerando “traumas” pela aula da língua materna.
Muitos dos problemas encontrados na alfabetização, ou até em turmas mais avançadas, residem no fato de que o método de ensino de língua que é utilizado não é eficaz. A repetição de estruturas e a memorização de formas não desenvolvem a criatividade e a expressão. Para se chegar a esse objetivo, deveria ocorrer uma ênfase à interpretação de texto, leitura e escrita em situações diversificadas e próximas do uso concreto na sociedade. Isso propiciaria maior aprendizagem, no entanto, nossas escolas teimam em acreditar que a fixação em estruturas é essencial para o aprendizado.
Luft (1985,13) corrobora o que foi evidenciado acima quando afirma que o ensino de língua portuguesa é fundamental para a formação do indivíduo, mas precisa ser revisto, pois ao ensinar regras gramaticais, uma grande parte dos professores ignora a língua falada pelo aluno e a implicação disto é que a língua objeto de estudo fica distante demais da prática efetiva, e por não haver aproximação, não há aprendizado.
         Apesar de alguns interpretarem equivocadamente esta crítica, entende-se que essa não é uma bandeira contra o ensino do dialeto padrão na escola. Aqueles que entendem que o padrão não deve ser trabalhado baseiam-se nas hipóteses de ser preconceito impor a variedade de prestígio social porque a sala de aula é um espaço onde se encontram pessoas de classes sociais diferentes e com valores culturais distintos. Há ainda os que advogam contra por considerarem difícil o domínio e a aprendizagem de uma língua.
Embora seja função da escola ensinar a língua culta padrão, não se deve imaginar que seria possível existir uma língua uniforme, pois a língua reflete a sociedade, e como existem diferenças sociais há variações lingüísticas. Existe uma série de fatores que influenciam nas mudanças da língua, sejam eles internos ou externos. Os últimos estão ligados às diferenças geográficas, de classe, de idade, de sexo, de profissão e os primeiros são regrados por uma gramática interior às línguas, tanto que algumas variações são permitidas e outras não são: como por exemplo, é comum ouvir “nóis vai”, mas ninguém fala “eu vamo(s)”. As pessoas tendem a caracterizar as diferenças lingüísticas como erros, essa é uma idéia equivocada, pois falar diferente não é o mesmo que falar errado.
Muitas vezes quando se percebe a fala de alguém de outra classe social, ou outra região, algumas características chamam a atenção e a tendência é caracterizar esta forma como errada. Deve-se insistir no fato de que, ainda que exista a possibilidade (remota) de existir falantes que falam errado em algumas situações, ainda assim é certo que na maioria das ocorrências eles falarão corretamente. Ou seja, os acertos são sempre maiores que os erros.
Os professores ficam desesperados quando seus alunos cometem alguns desvios de concordância, de conjugação verbal, ou quando cometem erros de ortografia que refletem a forma como falam. É o mínimo dentre vários que poderiam ocorrer. Isto não é motivo para desespero, pois os alunos cometem menos erros do que se pensa - tudo é questão de ensinar o que eles ainda não sabem.
Se os alunos tiverem desenvolvido as quatro habilidades básicas: falar, ouvir, ler e escrever, certamente esses erros desaparecerão gradativamente. Só com muita prática, com o uso efetivo da língua em situações que se aproximam da realidade e que têm significado para os alunos é que se estará de fato promovendo um ensino capaz de contribuir para a construção de um cidadão atuante em sua comunidade. E a gramática normativa passará a ser apenas um dos instrumentos nesse processo, não o eixo principal. E os alunos talvez não insistam mais na idéia de que não sabem o português ou de que ele é muito difícil. Quiçá até se apaixonem pela língua e seus encantos.